terça-feira, 20 de outubro de 2009

População da Europa nos sécs. XVII e XVIII: crises e crescimento




O século XVII foi um século sombrio e difícil. Com graves problemas, a população da altura
ora aumentava, ora estagnava, chegando por vezes a diminuir. O crescimento demográfico não
seguia um padrão estável.
As taxas de mortalidade e natalidade permaneceram altas durante esse século, o que fazia com que a esperança média de vida fosse bastante reduzida
(25-30 anos), surgindo assim sucessivas crises demográficas. No entanto, a essas crises
sucediam períodos de acalmia em que se intensificava a nupcialidade e crescia a diferença entre o número de nascimentos e óbitos.


Como toda a causa nasce de algum problema, estas oscilações demográficas no século XVII
têm nascimento em quatro grandes problemas:



  • Irregularidade das condições climatéricas – invernos rigorosos alternavam com
    verões particularmente frescos e húmidos que afectaram as colheitas. Más produções
    agrícolas provocam crises alimentares que geram subnutrição e fome. As crises de
    subsistência sucedem-se devido à subida dos preços.



  • Economia pré-industrial – o facto da base económica ser a agricultura e não existir na
    mesma um progresso tecnológico eficaz para combater as pragas, obrigava o camponês
    a estar à mercê das condições climáticas e da fertilidade natural do solo. As longas
    jornadas de trabalho, a pobreza e a precariedade das estruturas de higiene e saúde,
    enfraqueciam os corpos e organismos, levando ao próximo problema:

  • Doenças – é nos corpos debilitados que as doenças se instalam com maior facilidade.
    As epidemias, ao contrário das fomes, atingiam todos, mesmo os mais ricos, obrigandoos
    a fugir.

  • Guerras – este século foi um século de guerras permanentes, provocando a destruição
    de terras, paralizamento da economia, subida dos impostos e proliferação de epidemias.
    (Neste campo, destaque para a guerra dos 30 anos)
    Esta conjuntura estendeu-se até às primeiras décadas do século XVIII. A partir dos anos 30 desse mesmo século, a situação modifica-se, instalando-se um clima de crescimento próspero.
    O crescimento ininterrupto do séc. XVIII é explicado por diversas razões:

  • Melhoria das condições climatéricas;

  • Boas colheitas, o que provoca a diminuição das fomes e o arranque da revolução
    agrícola;

  • Progressos técnicos e económicos (indústria, transportes);

  • Desenvolvimento da medicina (prática das quarentenas, vacinação, obstetrícia);

  • Melhoria das condições higiénico-sanitárias.

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