quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Regressão Demográfica do século XVII

Crise Demográfica


  • Taxas de natalidade elevadas
  • Taxas de mortalidade igualmente muito elevadas
  • Esperança de vida entre os 25/30 anos
  • Taxas de substituição perto da unidade.
Causas:
  • Irregularidade das condições climatéricas;
  • Más colheitas;
  • Crises alimentares – subalimentação – fomes;
  • Duras condições de vida material – longas jornadas de trabalho, insalubridade das habitações; promiscuidade e pobreza, falta de infra-estruturas de higiene pública e privada, vestuário exíguo.
  • Guerras
  • Pestes



















Progressão demográfica e melhoria das condições de vida
Novo comportamento demográfico no século XVIII:
  • Esperança de vida aumentou (35 /40 anos)
  • Rejuvenescimento da população europeia;
  • Taxas elevadas de natalidade e menores taxas de mortalidade.
Causas:
  • Progressiva melhoria climática (anos de boas colheitas, arranque da revolução agrícola, diminuição das fomes.)
  • Progressos técnicos e económicos: maior produtividade, introdução de novas culturas, alargamento dos circuitos comerciais e fortalecimento fisiológico;
  • Desenvolvimento da medicina com a descoberta das vacinas, aumento dos cuidados de higiene pública e privada.
Novos comportamentos sociodemográficos
Consequências:
  • Fortalecimento dos laços afectivos nas famílias;
  • Aumento da preocupação com a saúde e a educação das crianças.
Thomas Malthus revelou preocupações demográficas ao estudar estes comportamentos:
  • Crescimento elevado da população;
  • Defende a redução voluntária da natalidade pela prática do celibato e casamento tardio.



Criação do aparelho burocrático do Estado absoluto no séc. XVII. O absolutismo



Depois da revolução da Independência, D. João IV iniciou a reorganização do aparelho
burocrático do Estado Português. Uma das grandes medidas foi a reorganização do conselho de estado (órgão consultivo criado em 1562). Passou a ser presidido pelo rei e constituído por três
secretárias:

⇒ Negócios do reino;
⇒ Estrangeiros e guerras;
⇒ Marinha e ultramar.

Neste período foram também criados outros órgãos no campo da justiça (a mesa do desembargo do paço, a casa da suplicação, a relação da casa do Porto, a mesa da consciência e ordens e tribunal do santo ofício), no campo das finanças (é reorganizado o conselho da fazenda), no campo da administração do reino (que foi entregue ao conselho ultramarino) e dos assuntos militares (são entregues ao conselho de guerra e à junta dos três estados).

Ao longo do século XVII, esta estrutura vai-se aperfeiçoando cada vez mais e o rei ao
demonstrar uma consolidação do absolutismo monárquico recusa as reuniões das Cortes,
verificando-se também um maior controlo sobre o aparelho burocrático do estado.
Foi na pessoa de D. João V que o absolutismo encontrou a sua expressão máxima. Apoiando-se no “Rei-Sol”, D. João V tentou igualmente controlar a nobreza, procurando expressar a sua
superioridade face à mesma, com luxos e adornos. Era o ouro que chegava das recémdescobertas minas do Brasil que alimentava esse mesmo luxo.
Em suma, a consolidação do absolutismo monárquico deu-se por um aumento do controlo do rei sobre o aparelho do estado que fez com que os conselhos perdem-se poder e as competências se centralizassem cada vez mais nas secretárias de estado, fazendo as cortes perderem importância.